Mudança no sistema de criação do gado aumenta demanda nacional por nutrição e suplementação

Tecnificação da pecuária impulsiona mercado de nutrição e suplementação, refletindo em maior eficiência e rentabilidade para os produtores

criação do gado
criação do gado

O setor da pecuária tem passado por uma grande transformação nos últimos anos devido à valorização das propriedades rurais e à necessidade de otimizar os investimentos no campo. Com isso, ao invés de adquirir novas terras, os pecuaristas estão focando em melhorias dentro de suas próprias fazendas, investindo em tecnologia, melhorando a qualidade das pastagens e apostando fortemente em nutrição e suplementação do gado.

Nesse cenário, o modelo de criação extensivo, utilizado no passado, vem sendo substituído por sistemas mais tecnificados, como o semiconfinamento. Isso envolve divisão das propriedades em piquetes, melhor aproveitamento do capim e uso de suplementação alimentar no cocho, o que reduz o tempo de engorda dos animais.

Essa tendência já pode ser observada nos números da indústria de nutrição animal, que observa um crescimento expressivo na demanda por suplementos minerais, proteinados e rações. Em 2024, o setor de suplementação animal registrou um crescimento de 6,74% em relação a 2023, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram). Nesse cenário, a Supremax, braço industrial do grupo Axia Agro, especializado na produção de insumos para nutrição animal, apresentou um avanço ainda mais expressivo nas vendas. No ano passado, a empresa registrou um aumento de 24% na demanda da fábrica em Ariquemes (RO) e 52% na unidade de Tangará da Serra (MT).

Amanda Medina, gerente comercial da Supremax, comenta que ao melhorar a suplementação no cocho com a ração, por exemplo, que substitui em partes o capim, o pecuarista consegue colocar mais animais na fazenda, permitindo uma maior rotatividade do rebanho e acelerando o processo de engorda e comercialização.

“O pecuarista moderno busca acelerar o ciclo de engorda do gado, reduzindo o tempo de permanência dos animais na propriedade e maximizando o giro de bovinos para abate. O animal tem um custo dentro da propriedade, então, quanto menos tempo ele fica na fazenda, mais lucrativo ele se torna. Antes, um boi levava cerca de quatro anos para ser abatido e hoje esse ciclo pode ser reduzido para dois anos e meio, aumentando a produtividade e a rentabilidade do setor”, complementa.

A especialista explica ainda que, atualmente, na fase de cria, a maioria dos pecuaristas vai além do uso do sal mineral, optando por suplementos adensados para melhorar a nutrição do rebanho. Já na fase de recria e terminação, além da suplementação mineral, os animais geralmente passam por uma fase de proteinado, ração e outras estratégias nutricionais, demonstrando a crescente adoção de tecnologias no manejo nutricional. “Com isso, o pecuarista vem substituindo o sal mineral por proteinado, investimento que resulta em um sistema de produção mais tecnificado e eficiente”, comenta Amanda.

Outro fator apontado como determinante nesse cenário é a estruturação das fazendas. O sistema de piqueteamento, que divide as propriedades em módulos para melhor aproveitamento das pastagens, permitiu um uso mais eficiente do capim. Paralelamente, a suplementação alimentar vem sendo utilizada para suprir deficiências nutricionais, garantindo um melhor desenvolvimento dos animais e reduzindo a dependência exclusiva do pasto.

A crescente tecnificação do setor também impacta diretamente o mercado de insumos. Em 2024, por exemplo, a demanda por fósforo, que incrementa os produtos de nutrição, foi tão elevada que gerou escassez no mercado. Agora, observa-se um novo desafio: a pressão sobre o milho, principal matéria-prima das rações, cuja demanda segue em alta devido à expansão do consumo interno na pecuária e das indústrias de etanol de milho, especialmente na região Centro-Oeste.

Com o aumento do número de animais dentro das fazendas, outros setores também são impactados, como o de medicamentos veterinários e vacinas, essenciais para manter a sanidade do rebanho em um ambiente mais intensivo. No entanto, nutrição e suplementação destacam-se por terem demanda contínua, pois o gado precisa ser alimentado durante todo o ano, independente da sazonalidade.

“O mercado segue aquecido e os pecuaristas atentos às oscilações da arroba. Com a proximidade da entressafra do boi, já se prevê uma valorização nos preços, o que reforça a estratégia de investimento na suplementação como forma de potencializar os resultados econômicos das fazendas. Nós observamos isso até mesmo na movimentação das vendas. O período em que estamos agora é um momento com muita demanda de proteinado e mineral, mas o ritmo de venda de ração não parou porque o produtor está animado com o mercado e investindo na preparação do seu rebanho para futura comercialização”, finaliza Amanda.

Em um setor cada vez mais dinâmico, a nutrição animal vem se consolidando como um dos principais vetores de crescimento da pecuária nacional, garantindo maior eficiência produtiva e rentabilidade ao pecuarista.

Sobre a Axia Agro 

A Axia Agro é a maior distribuidora e revendedora de insumos agropecuários do Brasil, com forte presença no Norte e Centro-Oeste do país. Fundado em 2021, o grupo nasceu com o objetivo de proporcionar um ecossistema de soluções completas ao pecuarista brasileiro, por meio da consolidação de revendas, tecnologia, inovação e serviços, potencializando a produtividade no setor. Hoje, a empresa conta com mais de 60 lojas distribuídas entre os estados de Rondônia, Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Pará, e um braço fabril de produção de insumos para nutrição animal. Para mais informações sobre a Axia Agro, clique aqui.

Sobre a Agroline 

Fundada em 1997, a empresa foi a primeira do setor pecuário a investir em comércio eletrônico, tornando-se hoje o maior no segmento. A Agroline também está presente de forma física nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pará, com a missão de ser a melhor parceira para os produtores rurais oferecendo soluções completas para maximizar a produtividade. Mais informações, acesse aqui.  

 

Sobre a Casa da Lavoura 

A Casa da Lavoura se classifica como uma tradicional rede de lojas de produtos agropecuários, máquinas e implementos agrícolas, com presença física nos estados de Rondônia, Acre, Amazonas e Mato Grosso. Destaca-se como uma empresa totalmente afinada às questões ligadas ao meio rural, atuando de forma transparente e totalmente responsável. Mais informações, acesse aqui.  

Sobre a Supremax 

Nascida da visão empreendedora da Casa da Lavoura no início dos anos 2000, a Supremax é o braço industrial do grupo, especializado na produção de insumos para nutrição animal. A empresa conta com três unidades fabris, em Araguaína (TO), Ariquemes (RO) e Tangará da Serra (MT). Por meio de seus produtos e de sua consultoria técnica, a marca visa tornar-se referência no mercado agropecuário. Mais informações, acesse aqui.

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